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Silva Lusitana
Volume 31, Number 1, 2023
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Page(s) | 1 - 29 | |
DOI | https://doi.org/10.1051/silu/20233101001 | |
Published online | 26 July 2023 |
Plant height determines phenological variation in Quercus suber L.
Tamanho determina a variabilidade fenológica em plantas de Quercus suber L.
La taille détermine la variabilité phénologique des plantes de Quercus suber L.
1
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P. – Quinta do Marquês, Avenida da República, 2780-159 Oeiras, Portugal
2
Centro de Estudos Florestais, Instituto Superior de Agronomia - Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal
3
Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa - Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal
* Corresponding author: clara.pinto@iniav.pt
Phenological traits of vegetative apical buds were monitored in a Quercus suber L. (cork oak) montado near Lisbon during 2015. Natural regeneration plants, growing at a fenced plot, and mature trees (MT) from the surrounding montado were selected and divided in six groups (n=8) according to height (H): Sd1 (small seedlings, H<0.1 m); Sd2 (seedlings, 0.1<H<0.5 m); Sp (saplings, 1<H<2 m); Jv1 (small juveniles, 3<H<6 m); Jv2 (juveniles, H>6 m); MT (mature trees). Observations included budburst date, apical shoot elongation and leaf production.
Vegetative phenology patterns of Q. suber changed according to height/age group. Average budburst dates occurred between early-April (day 99, Sd1) and mid-May (after day 120, mature and juvenile trees), at day lengths between 12.8 (Sd1) and 13.7 hours (Jv2). Height was positively related with average budburst dates, degree day sums and daylength at budburst. Shoot elongation followed different patterns according to size/age group. In seedlings, cumulative growth was smaller and restricted to the weeks immediately after budburst, whilst taller/older trees phenological patterns were more variable, with vegetative growth often maintained until mid-summer. The differences in budburst timing and vegetative growth patterns may be reflecting the different strategies to cope with resource limitation and maximize the length of the growing season among groups.
Resumo
Acompanhou-se o desenvolvimento fenológico de gomos vegetativos apicais num montado de Quercus suber L. (sobreiro), próximo de Lisboa, em 2015. Plantas da regeneração natural, de uma parcela vedada, e árvores adultas (MT) do povoamento circundante foram selecionadas e divididas em seis grupos (n=8), em função da altura (H): Sd1 (H<0,1 m); Sd2 (0,1<H<0,5 m); Sp (1<H<2 m); Jv1 (3<H<6 m); Jv2 (H>6 m); MT (árvores adultas). As observações incluíram a data de abrolhamento e o crescimento vegetativo (alongamento dos raminhos apicais e produção de folhas).
Os padrões fenológicos dos gomos vegetativos variaram de acordo com o grupo de altura/idade. O abrolhamento decorreu entre o início de abril (dia 99, Sd1) e meados de maio (> dia 120, árvores adultas e juvenis), com duração média do dia entre 12,78 (Sd1) e 13,71 horas (Jv2). A altura das árvores relacionou-se positivamente com a data média de abrolhamento, os graus-dias acumulados e a duração do dia à data do abrolhamento. O padrão de crescimento vegetativo diferiu em função da altura/idade das plantas. Nas plantas com H<0,5 m, o crescimento acumulado foi menor e restringido às semanas imediatamente após o abrolhamento. Nas árvores maiores, os padrões fenológicos foram mais variados, mantendo-se frequentemente o crescimento até meados do verão. Nestes casos, as diferenças na data do abrolhamento e nos padrões de crescimento vegetativo podem estar a refletir diferentes estratégias para ultrapassar a limitação de recursos e maximizar a duração da época de crescimento.
Résumé
Le développement phénologique des bourgeons végétatifs apicaux a été suivi dans un montado de Quercus suber L. près de Lisbonne, en 2015. Des plantes de régénération naturelle, provenant d'une parcelle clôturée, et des arbres adultes (MT) provenant du peuplement environnant ont été sélectionnés et divisés en six groupes (n=8), en fonction de la hauteur (H): Sd1 (H<0,1 m); Sd2 (0,1<H<0,5 m); Sp (1<H<2 m); Jv1 (3<H<6 m); Jv2 (H>6 m); MT (arbres matures). Les observations ont porté sur la date de bourgeonnement et la croissance végétative (élongation des branches apicales et production de feuilles).
Les schémas phénologiques végétatifs de Q. suber changent en fonction de la hauteur et du groupe d'âge. Les dates moyennes de bourgeonnement ont eu lieu entre début avril (jour 99, Sd1) et mi-mai (> jour 120, arbres matures et juvéniles), à des durées de jour comprises entre 12,8 (Sd1) et 13,7 heures (Jv2). La hauteur était positivement liée aux dates moyennes de bourgeonnement, aux sommes de degrés-jours et à la longueur du jour au bourgeonnement. Le modèle de croissance végétative différait selon l'âge et la hauteur des plantes. Dans les plants avec H<0,5 m, la croissance accumulée était plus faible et limitée à des semaines immédiatement après le bourgeonnement. Inversement, chez les arbres plus grands, le modèle de croissance végétative est plus variable y maintenue jusqu'au milieu de l'été. Entre les groupes, les différences dans la date de bourgeonnement et les schémas de croissance végétative peuvent refléter des stratégies différentes pour surmonter la limitation des ressources et maximiser la durée de la saison de croissance.
Key words: Cork oak / Budburst date / Vegetative growth / Day length / Ontogeny
Palavras-chave: Sobreiro / Data do abrolhamento / Crescimento vegetativo / Duração do dia / Ontogenia
Mots clés : Chêne-liège / Date de bourgeonnement / Croissance végétative / Durée du jour / Ontogénie
© INIAV, Oeiras, Portugal 2023
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